Morador do Riacho Fundo II, Fernando Pereira, relata detalhadamente sua vida de superação antes e depois do chamado de Deus, largando de vez as ruas, assaltos, drogas e prostituição por uma vida de entrega total ao Senhor e ajudando jovens que passaram pela mesma situação a sair das ruas.
Meu nome é Fernando Pereira da Costa, casado, vigilante, Bacharel em Teologia venho aqui contar minha história que hoje ajudo pessoas a sair da rua e transforma-las em cidadãos do bem.No ano de 1991, fui morar nas ruas a Rodoviária do Plano Piloto foi minha segunda casa, devido os constantes espancamentos e maus tratos, pai alcoólatra, decidi me virar e no primeiro mês, trabalhei engraxando sapatos para poder conseguir comer, as primeiras semanas o dinheiro só dava para almoçar e infelizmente morando na rua, me envolvi com pessoas erradas e comecei a fazer pequenos furtos e logo após aprendi a cheirar cola, fui algumas vezes detido e levado a delegacia especializada para menores de idade. Aos 17 anos recebi a visita de uma missionária, ela falou comigo, sobre a obra que Deus tinha na minha vida.
Aquele dia nunca esquecerei, momento incrível de encontro profundo com Deus, aquele dia transformou o MORADOR DE RUA, DROGADO E ENDEMONIADO, Deus levou e trouxe a este mundo um homem novo.Em 1992 ainda como menino de rua, participei do projeto de dissertação de mestrado com o título, Na Rua Nem todos os Gatos São Negros, daí surgiu o conjunto de obra, a vida, o livro, e o vídeo, NO OLHO DA RUA, a autora é a Professora Maria Lúcia Pinto Leal, coordenou a Fundação ao Serviço Social o Sistema de Medidas de Proteção Especial de Crianças e Adolescentes, eu era um dos meninos de rua que participou da produção do vídeo. (Na contramão, hoje me apresento como pré-candidato ao cargo de CONSELHEIRO TUTELAR. Hoje Deus me deu a honra de está casado, dois filhos e um neto, membro por dois mandatos no CONSELHO DISTRITAL DE PROMOÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS NO DF, membro pela Sociedade Civil no Comitê de Prevenção e Combate à Tortura no DF, atuando há cerca de 20 anos na prestação de assistência religiosa e social aos presos (as) e adolescentes em situação de Medidas Socioeducativas, trabalhei 9 anos na Secretaria de Estado de Educação do DF no Presídio Federal do DF, como vigilante e nesta oportunidade prestando o trabalho voluntário como oficineiro no Projeto Escola Aberta, aplicando palestras preventivas quanto o uso de drogas, Fundador da ONG, ACREDITAR E COMEÇAR DE NOVO que atua nas unidades de Internação e semiliberdade com palestras e assistência religiosa.
Jornalista: Genivaldo Soares